Qual a diferença entre pirata e corsário?

A diferença entre pirata e corsário está nos motivos e na autorização para suas ações. Ambos são tipos de piratas, mas com características distintas:

  • Pirata: É um ladrão do mar que ataca navios mercantes e povoações costeiras sem a autorização de um governo. Os piratas agem por conta própria e respondem apenas ao capitão de seu navio.

  • Corsário: É um navio armado e comissionado por uma nação, que é empregado na promoção da guerra naval, atacando navios, portos e demais benfeitorias inimigas. Os corsários agem sob a sanção oficial e estão amparados pelas leis de seus patrocinadores, além de ter direito a uma parte no que pilham. Eles são subordinados a um rei ou governador.

Em resumo, a principal diferença entre pirata e corsário é que o corsário atua com a autorização e apoio de um governo, enquanto o pirata age sem essa autorização e por conta própria.

Pirata Corsário
Atacam por conta própria Atacam em nome de um rei ou país
Ações são consideradas criminosas e violentas Ações são consideradas legais e patrióticas, desde que ataquem navios de países inimigos
Geralmente independentes e não seguem regras ou autoridades Seguem regras e autoridades, como a bandeira de seu país
Dividem o saque entre si Dividem o saque com o rei, que fica com a maior parte

Quais eram as motivações dos piratas e corsários?

As motivações dos piratas e corsários portugueses no Brasil eram variadas, mas algumas das principais incluíam:

  1. Exploração de riquezas naturais: A busca por recursos naturais, como madeira, açúcar e especiarias, levou a um aumento na atividade de piratas e corsários na região. Eles atacavam navios e cidades costeiras em busca de cargas valiosas e comércio ilegal;
  2. Expansão territorial: Os corsários e piratas portugueses estavam interessados em expandir a influência e o domínio de Portugal em novas terras, o que frequentemente resultava em conflitos com outras potências coloniais, como Holanda e Inglaterra;
  3. Vingança e desvio de atenção: Algumas invasões de corsários e piratas eram motivadas por vingança ou pelo desejo de desviar a atenção das forças coloniais de outros objetivos estratégicos;
  4. Fama e reconhecimento: Muitos corsários ficaram famosos por suas façanhas e ataques às praças portuguesas e às costas da Península Ibérica, o que pode ter sido uma motivação para alguns deles;
  5. Aventura e desafio: A vida de um corsário ou pirata era cheia de aventuras e desafios, o que pode ter atraído indivíduos que buscavam excitement e adrenaline em suas vidas;

Em resumo, as motivações dos piratas e corsários portugueses no Brasil incluíam a exploração de riquezas naturais, expansão territorial, vingança e desvio de atenção, fama e reconhecimento, e a busca por aventura e desafio.

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Como os piratas e corsários atuavam?

Os piratas e corsários atuavam nos mares, especialmente durante os séculos XV e XVIII, quando o comércio marítimo através do Atlântico aumentou significativamente.

Os corsários eram diferentes dos piratas, pois agiam com autorização de um Estado e defendiam os interesses estratégicos do país, sem encargos para o Estado, que recebia parte dos lucros arrecadados.

No caso dos corsários portugueses, eles desempenhavam um papel importante na defesa da costa sul de Portugal e da navegação.

Algumas das figuras mais conhecidas incluem Bartolomeu Dias, João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira, Vasco Anes de Corte Real, Álvaro Fernandes Palenço, Álvaro Mendes de Cerveira e Pedro Vaz de Castelo Branco.

Os corsários e piratas portugueses atuavam em diferentes regiões, como o Atlântico e o Mediterrâneo. No Oriente, os portugueses praticavam a pirataria em larga escala, especialmente contra os muçulmanos.

Um exemplo conhecido é o fidalgo Simão de Andrade, que participou de várias façanhas e saques. A atividade corsária e pirataria envolvia:

  • Abordagem e assalto de navios inimigos;
  • Combates de artilharia e duelos de esgrima travados corpo a corpo;
  • Desfrutar de liberdade de ação e contar com o apoio da Coroa;

Os corsários e piratas eram frequentemente apoiados por membros da nobreza e do clero, que participavam do negócio e recebiam parte dos lucros.

Quais eram as consequências para os piratas e corsários?

As consequências para os piratas e corsários eram variadas e dependiam do contexto político e social em que atuavam. Algumas das principais consequências incluem:

  1. Perseguição e punição: Muitas vezes, corsários presos pelos inimigos a quem atacavam contavam com um tribunal específico para determinar se estavam a serviço de um soberano ou se agiam por interesse próprio, em busca de lucro ilegalSe fossem considerados piratas, enfrentavam punições severas, como a morte ou a prisão.
  2. Confusão entre piratas e corsários: A pilhagem facilmente saía do controle dos soberanos que a legitimavam, o que levava à confusão entre corsários e piratasIsso poderia resultar em uma percepção negativa da atividade corsária e em consequências negativas para os corsários envolvidos.
  3. Guerras e conflitos: A intensificação das guerras de corso significava um acirramento do conflito entre os estadosMuitas vezes, a pilhagem e o apresamento de embarcações e povoados vulneráveis eram realizados por grupos organizados, atuando sob as ordens de um soberano ou de forma independente;
  4. Influência e poder: Alguns corsários conquistaram uma posição bastante influente frente a seus soberanos, como o inglês Francis Drake, que viveu na segunda metade do século XVIEle foi nomeado vice-almirante britânico após anos de ataques aos espanhóis em suas possessões americanas e desempenhar um papel de destaque na batalha que derrotou a Invencível Armada;
  5. Efeitos econômicos: A atividade corsária e pirata afetava negativamente a economia das nações atacadas, como a Espanha e Portugal, que enfrentavam graves consequências devido às pilhagens e ao apresamento de embarcações;

Em resumo, as consequências para os piratas e corsários variavam dependendo do contexto em que atuavam, podendo enfrentar perseguição e punição, confusão com piratas, guerras e conflitos, influência e poder, além de efeitos econômicos negativos.