Qual a diferença entre anestesia inalatória e geral?

A anestesia inalatória e a anestesia geral são técnicas anestésicas que visam garantir a segurança e o conforto dos pacientes durante procedimentos médicos. No entanto, elas apresentam diferenças em termos de aplicação, efeitos e riscos:

Anestesia inalatória:

  • É aplicada através da inalação de gases que contêm medicamentos anestésicos.
  • Necessita de mais tempo para iniciar seu efeito, pois o medicamento passa pelos pulmões, corrente sanguínea e, em seguida, chega ao cérebro, onde bloqueia os sinais de dor.
  • É considerada mais segura do que a anestesia injetável, pois não precisa ser metabolizada pelo organismo para agir.

Anestesia geral:

  • É uma técnica anestésica que visa deixar o paciente totalmente inconsciente, sem sensibilidade e imóvel no decorrer de um procedimento.
  • O efeito da anestesia geral é no cérebro, bloqueando os impulsos nervosos de dor e reduzindo ações motoras e respostas hormonais.
  • Pode ser aplicada de duas maneiras: via agentes inalatórios ou endovenosos.
  • É considerada bastante segura, mas algumas complicações podem acontecer, como náuseas, vômitos, tremores, dor muscular, sensação de tontura e boca seca.

Em resumo, a principal diferença entre as duas técnicas é a forma como elas são aplicadas e os efeitos que causam no paciente. A anestesia inalatória é geralmente considerada mais segura, pois não precisa ser metabolizada pelo organismo para agir, enquanto a anestesia geral visa deixar o paciente totalmente inconsciente e pode apresentar algumas complicações.

Anestesia Inalatória Anestesia Geral
O paciente inala gases que contêm o medicamento anestésico A anestesia geral pode ser aplicada via agentes inalatórios ou endovenosos
A técnica necessita de mais tempo para iniciar seu efeito, pois o medicamento passa pelos pulmões, corrente sanguínea e só então chega ao cérebro A anestesia geral visa deixar o paciente totalmente inconsciente, sem sensibilidade e imóvel no decorrer de um procedimento
Os efeitos colaterais da anestesia inalatória podem incluir náuseas, vômitos, tremores, dor muscular e sensação de tontura Os principais efeitos colaterais da anestesia geral são: náuseas e vômitos, tremores, dor muscular, sensação de tontura e boca seca/dor na garganta/rouquidão

Quais são os tipos de anestesia?

Em português do Brasil, existem quatro tipos principais de anestesia:

  1. Anestesia Geral: Neste tipo de anestesia, o paciente "dorme" profundamente, sendo ideal para realizar procedimentos mais invasivos. O paciente perde a consciência e não sente dor durante o procedimento;
  2. Anestesia Regional: A anestesia regional é usada em cirurgias mais simples, onde o paciente pode permanecer acordado. Ela bloqueia a dor em uma parte específica do corpo, como um braço, uma perna ou toda a região inferior do corpo, abaixo do abdômen. Os dois tipos de anestesia regional mais usados são a anestesia raquidiana (ou raquianestesia) e a anestesia peridural;
  3. Anestesia Local: A anestesia local é utilizada para operações simples, em pequenas áreas e tornam insensíveis as pequenas áreas do corpo. É comumente usada em tratamentos odontológicos e procedimentos estéticos não muito extensos;
  4. Anestesia Periférica: A anestesia periférica é um tipo de anestesia regional que anestesia apenas um nervo em específico de uma região do corpo;

A escolha do tipo de anestesia apropriado depende do paciente, do procedimento e das condições físicas e emocionais do paciente.

É importante que a anestesia seja administrada por um profissional qualificado e que o paciente seja avaliado antes da aplicação da anestesia para garantir a segurança e a eficácia do procedimento.

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Como funciona a anestesia inalatória?

A anestesia inalatória é um tipo de anestesia geral que utiliza agentes inalatórios para induzir o estado de anestesia. Esses agentes atuam principalmente na inibição da resposta ao estímulo nociceptivo, ou seja, diminuem a percepção da dor.

A anestesia inalatória pode ser classificada em dois tipos:

  1. Anestésicos completos: produzem inmovilidade e amnésia, ou seja, o paciente perde a consciência e a memória do procedimento;
  2. Anestésicos incompletos ou não inmovilizantes: não produzem inmovilidade, mas ainda assim causam amnésia;

A ação dos anestésicos inalatórios ocorre principalmente na inibição da transformação de energia (entropia) em especial nas sinapses neuronais. Estudos experimentais mostraram a importância dos neurônios da estrutura CA1 do hipocampo na memória sob ação de anestésicos inalatórios.

Além disso, o tálamo, por muito tempo considerado como órgão integrante das estruturas envolvidas na percepção da dor, tem conexões com a estrutura CA1 do hipocampo.

A escolha de agentes e técnicas anestésicas pode influenciar a ocorrência de complicações e, dessa forma, retardar a alta hospitalar.

Durante a ventilação monopulmonar, a anestesia é mantida pela administração de um agente inalatório para o pulmão ventilado ou por infusão de anestésicos.

Quais são os riscos da anestesia geral?

A anestesia geral é um procedimento que promove a abolição da dor, paralisia muscular, abolição dos reflexos, amnésia e, principalmente, inconsciência. Embora seja um procedimento seguro, existem riscos associados à anestesia geral, como:

  1. Náuseas e vômitos: Ocorrem após acordar da anestesia;
  2. Dor de garganta, rouquidão e dificuldade em engolir: Essas complicações podem ocorrer após a intubação;
  3. Mortalidade: A taxa de mortalidade da anestesia geral é de apenas 1 em cada 100.000 a 200.000 procedimentos, o que significa um risco de morte de míseros 0,0005% a 0,001%;

É importante ressaltar que complicações exclusivas da anestesia geral são raras, principalmente se o paciente for saudável e a cirurgia não for complexa.

Atualmente, com medicamentos, instrumental e técnicas modernas, os anestesiologistas reduzem ao máximo os riscos de acidentes anestésicos. Além disso, a monitorização dos sinais vitais dos pacientes durante o procedimento ajuda a identificar e tratar possíveis complicações.